quarta-feira, abril 02, 2008

A Abordagem Correta

Eu não gostava de Interpol, achava triste, chato e detestava vocal. Achava parecido com Joy Division, banda que partilha o mesmo julgamento acima.

Era algo bem estabelecido na minha vida, como não gostar de beringela. Eu não sabia que a abordagem poderia ser determinante em gostar ou não de alguma coisa, para mim era preto no branco, é bom ou não é. Por que seria complicado? Por que eu deveria gostar do clone de uma banda chata?

Eu não entendia a idolatria que algumas pessoas nutriam pela banda de Nova Yorque, era para tanto.

Mas em pouco tempo Interpol se mostrou o ícone da minha rara habilidade de cuspir pra cima e esperar cair em cheio na minha testa. Eu juro que tentei, eu repeti pra mim mesma, eu não vou gostar disso, pelo menos com alguma coisa eu vou permanecer rígida.

Primeiro foi um cover feito por amigos, uma versão suavizada de C'mere. Conseguia gostar mais da versão do que da original, o que me safou por algum tempo. Até escutar Heinrich Maneuver e concluir que a música era legal, apesar de não gostar da mania de nomear as canções com nomes próprios.

Depois me convenceram a dar uma chance para banda, pareciam que tinham um plano arquitetado junto com os músicos para fazer com que o terceiro álbum me direcionasse para os anteriores. Estava tudo pronto, eu seria abatida como uma gazela. E fui.

Fui pega em cada um dos meus pontos fracos, o clima claustrofóbico, intenso e venal das músicas, as melodias etéreas e até a voz do Paul Banks. A que ponto eu cheguei? Quando eu descobri que eles compuseram as musicas duas mais cafajestes que eu ja vi , eu ja havia me rendido.


ps. não vou descrever os albuns, estou com a impressão que posso mudar de opnião sobre as músicas. No momento as preferias são Mammoth e Leif Erikson.
pps: as musicas mais cafajestes que eu ja vi são Stella was a diver she was aways down e No I in threesome.


Um comentário:

Anônimo disse...

definitely nível 6! =D