
Passando um pouco a euforia com interpol, me lembrei de fazer justiça com um album que me marcou ano passado, e que eu ainda não me cansei de escutar. Um daqueles discos que você descobre novidades mesmo após muito tempo, uma música que alguns meses nem era a preferida e depois a beleza que não foi notada salta aos olhos.
Neon Bible do Arcade Fire só faz crescer aos meus ouvidos, no começo com os singles lançados (ou vazados) depois com as demais canções. É tão bom ver uma banda com tanto potencial lançando dois clássicos seguidos, eu tenho sempre a impressão que daqui a dez anos eles serão mencionados como destaques de uma década tão volátil como essa.
Eu gosto muito do primeiro disco, Funeral, mas esse tem um clima apocalíptico, e um peso sentimental que eu não consigo deixar de me apegar. O mundo de Arcade Fire esta acabando e não há nada a se fazer, mas não dá pra ser apático com isso.
Não consigo parar de pensar em dançar colado com alguem em Ocean of Noise, como em um baile nos cafundós do Estados Unidos, onde se respira a decadência. Ou não se impressionar com a história do pai e a pequena cantora em (Antichrist Television Blues). Outro ponto alto é relação com a religião.
Enfim, não contente em ter grandes canções, as letras são outro destaque do disco.
Com um album assim, não dá pra não ficar ansiosa com o próximo.
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