quinta-feira, junho 05, 2008

the hardest part

A uma hora dessas todo mundo já baixou o álbum, ou não? Mal vazou o viva la vida or death and all his friends, ele ja estava aqui no computador. Mas a impressão que eu estou é que depois do X and Y o público esta receoso.

Podem ter certeza ninguem vai achar o album bom, mas por birra do que por fundamento. Vão dizer que é emulação de U.2, vão dizer que o Coldplay mais uma vez quer parecer Radiohead e se reconhecerem as qualidades do album vão dizer que é culpa do Brian Eno.

Eles acabaram por encaixar em um espaço complicado, são a banda que é relevante falar mal. O trabalho deles não péssimo o suficiente para serem ignorados como um bon jovi da vida, mas eles são populares demais para serem aclamados. Mas isso no fim das contas não importa, nem importa se o álbum é bom ou não, ele vai vender que nem água de todo o jeito. É uma pena.

E o coldplay não ajuda, por que o álbum não é fácil, apesar de bom. Ninguem espera um álbum difícil deles, esperam músicas fantasticas que ficam na sua cabeça até a próxima encarnação, ou até serem tão tocadas que perdem o efeito que tinham a primeira vez.

As musicas não tocam na primeira vez, parecem bobas e irrelevantes. Na segunda vez você percebe que a proposta é outra, eles não querem que a sua paixão, querem seu amor. Querem que você se apegue sem enjoar dele jamais.

As musicas tem muitos detalhes, como toques africanos e orientais, walls of sound. E tem varias atmosferas, algo que eu atribuo a Brian Eno.

Depois de escutar todo o disco, da pra perceber que tem algo que não se encaixa: justamente as musicas mais trabalhadas até agora, Violet Hill, que virou single, e Viva la vida que é foi disponibilizada no itunes. Elas formam uma ilha politica e messiânica que não há no resto do album. Apesar de gostar das musicas a principio, elas poderiam ter ficado de fora.

No final o Coldplay tem o que queriam, um Unforgetable fire: um álbum com passagens fantásticas que será provavelmente incompreendido.

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